No último número da Revista Virtual de Estudos da Linguagem – ReVEL (setembro de 2018), que acaba de sair, está meu texto, voltado para o professor do Ensino Fundamental, TECLADO OU CANETA NA ESCOLA BÁSICA? OU TECLADO E CANETA?, inicialmente publicado como preprint na ResearchGate (10.13140/RG.2.2.17034.77764).
Neste texto expresso uma preocupação enquanto professor, surgida de dois conjuntos de notícias que vêm ganhando difusão na mídia. Os conjuntos podem ser resumidos como: (a) ninguém mais usa caneta (nem lápis, lapiseira…); e (b) escolas europeias e norte-americanas estão banindo a escrita manuscrita, em especial a cursiva, em favor da digitação. Reunidos, os dois conjuntos de notícias permitem antever um futuro em que viveremos uma mudança impensável para os que tivemos nossa formação básica até os anos 1980. E que, afinal, não parece improvável quando tentamos lembrar da última vez que escrevemos à mão um texto de verdade. Estamos frente a uma questão apenas cultural? É somente uma questão de optar entre manter uma tradição ou preparar as crianças para um mundo que não é mais o do professor formado antes da década de 1990?
O índice do número, cujo tema é Biolinguística, vai a seguir.
Boa leitura!
Revista Virtual de Estudos da Linguagem – ReVEL
Vol. 16 – número 31 – setembro de 2018 – ISSN 1678-8931
TEMA: Biolinguística
ARTIGOS
• :: Editorial ::, de Gabriel de Ávila Othero
• :: ReVEL na Escola: Teclado ou caneta na escola básica? Ou teclado e caneta? ::, de Maria Carlota Rosa
• :: Tradução: Sobre mentes e linguagem ::, de Noam Chomsky
• Dinâmicas de interação nature-nurture: do imprinting à reciclagem neuronal, de Isadora Rodrigues de Andrade, Aniela Improta França & Thiago Oliveira da Motta Sampaio
• O estatuto da Biolinguística: fundamentos teórico-ontológicos relevantes, de Yuri Fernando da Silva Penz & Ana Maria T. Ibaños
• O papel das interfaces no processamento inicial de estruturas recursivas, de Sabrina Anacleto Teixeira & Letícia Maria Sicuro Corrêa
• The acquisition of the indeterminate and passive se clitic in Brazilian Portuguese: outcomes of an acquisition through writing, de Lara Ribeiro da Silva
• RESENHA: Resenha de “O Desenrolar da Linguagem”, de Guy Deutscher, de Ednei de Souza Leal
• RESENHA: Resenha de “Por que apenas nós? Linguagem e evolução” , de Rafaela Rebello & Eduardo Correa Soares
• RESENHA: Resenha de “The Oxford Handbook of Reading”: um livro de cabeceira para estudiosos da leitura, de Aline E. Pereira & Rosângela Gabriel
Descubra mais sobre Linguística - M.Carlota Rosa
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Prezada Carlota Li teu artigo com grande interesse. Para mim não há dúvida. Tudo que estimula o cerebro é benéfico. A escrita e o teclado estimulam partes diferentes do cérebro e possibilitam melhor desenvolvimento. Outro exemplo, ler em voz alta também estimula partes diferentes do que ler em silêncio. Portanto as evidências são claras que estimular de várias maneiras é sempre melhor. Até mudar rotinas é benéfico pois estimula novos neurônios. Acho que já poderias ser mais enfática em dizer que é melhor escrita + digitação e não cada uma isolada e mais, escrever e falar, digitar e falar e assim por diante. Um grande abraço Nelson
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Comecei a prestar atenção à questão da escrita manuscrita desde a leitura do texto do Déjérine. Acho que aquele foi um dos textos que li que mais me impressionou. E que nos leva a um mar de perguntas. Deixei algumas nesse texto.
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